domingo, 13 de novembro de 2011

If you love something...let it go...If it comes back to you...It's yours forever

If you love something



let it go

If it comes back to you


It's yours forever
 
 
Essa frase é um baita lugar-comum, mais manjada do que não sei o quê, mas é uma coisa que, cedo ou tarde, você acaba comprovando que faz sentido.



Quando você ama uma pessoa, você ama tanto que tem medo de perder, medo que a roubem de você, medo que ela vá comprar cigarros e não volte mais, medo que ela acorde num domingo qualquer e se dê conta que simplesmente deixou de te amar.


Deve acontecer com a maioria das pessoas durante o começo de um relacionamento que dá tão certo e, principalmente, após uma série de relacionamentos que não deram tão certo.


Quando você encontra aquela pessoa que te completa, que o beijo encaixa, que os perfumes combinam quando se misturam, que o abraço "fecha" direitinho, que o cafuné faz arrepiar até os pelinhos da sobrancelha, que as mãos parecem ter sido projetadas para não se soltarem mais... Quando você encontra A pessoa, toda a sua vida se divide em antes e depois dela. É incrível, é lindo, é gostoso, é... É assustador.


Você tem medo de coisas que talvez nunca cheguem a acontecer, mas quando a gente tem medo... bem, a gente tem medo e ponto final.


Aí você pega a pessoa pelo braço e a arrasta até uma caixinha de madeira com chave sem cópia. Tranca-a lá dentro e de hora em hora dá uma cutucada para ter certeza que ela continua lá, fechadinha na sua caixa.


Acontece que tudo que é vivo precisa respirar para continuar vivendo. Então a sua pessoa especial tem duas opções: se for um pouco esperta, vai armar um belo plano e fugir da caixa num momento de distração sua ou vai acabar morrendo lá dentro, sem ar.


E você? De um jeito ou de outro, você vai acabar se fodendo porque quem foge de um lugar é porque não tem intenção de voltar e muito menos teve vontade de ficar onde estava. E quem morre... Morreu.


Daí você faz isso de prender pessoas especiais algumas vezes durante a sua vida, porque graças a Deus, não temos apenas uma chance de amar e encontrar A pessoa.


Até que um dia, em uma dessas chances dadas por Deus, pela vida, por Alá, pelo destino ou seja lá o que for que controla (ou não) nossos caminhos; você encontra uma nova pessoa especial e vem a vontade de prendê-la também na sua caixinha.


Mas você já fez isso outras vezes e nunca deu certo, então que tal tentar algo novo? Que tal experimentar decorar a sua caixinha com belos tapetes e almofadas, TV a cabo, Wi-Fi, cama macia e boa comida, mas desta vez deixar a tampa aberta, sem chave nenhuma? Heim? Ensine o caminho, mostre que é legal morar ali, mas não a obrigue a viver naquele cárcere privado. Deixe claro que na sua caixa também se aplica o direito constitucional de ir e vir e deixe-a livre.


Acredite, e digo por experiência própria, quando a caixinha que você oferece é realmente boa de se viver, a sua pessoa vai voltar pra lá caso resolva sair um pouco para respirar e talvez nem saia para respirar porque, se a tampa estiver aberta, ela terá sempre o ar puro para inspirar e expirar o quanto quiser, sem limites, como deve ser o amor.






***



Não confunda direito de ir e vir com o direito de trair a torto e a direito e nem com aquele termina e volta sem fim, que tudo isso chega uma hora que vira palhaçada. Ou melhor: pra mim isso é palhaçada de qualquer jeito.


E, um recado ao Sr. A, que eu sei que vai ler e encher a cabeça de perguntas que ele sabe e  não gosta de responder:  a caixinha que você recebeu agora,  é a melhor caixinha que já existiu nesse mundo: confortável, segura, arejada, bem decorada, espaçosa e muito especial. Mas precisará sair da caixinha antes, e do relacionamento  nº 1, para que eu possa fazer uma reforma nela e te receber de vez.  Agora nem eu não saio mais, e nem você . Mas deixarei a tampa aberta para que possamos  ver o céu eu e você.


Te amo!

Um comentário:

Suzy disse...

Amei, Lu! Parabéns pelo blog!
Beijokas